Gritos de ajuda, dor e angústia. Gritos que povoam nossos ouvidos,
nossas cidades, nossas praças e nações …Gritos! O cenário de desesperança está presente de diversas formas: miséria, fome,
sofrimento intenso aos mais vulneráveis.
CONHEÇA
As consequências da injustiça levam pessoas a perderem a esperança de que um dia as coisas mudarão. Então, seria possível viver o amor de Deus e ignorar a iniquidade e as consequências do pecado em nosso sociedade?
O pastor Timothy Keller faz uma análise sobre justiça social: “o termo Justiça (mishpat), em suas várias formas, ocorre mais de duzentas vezes no Antigo Testamento […] contudo, mishpat significa mais do que punição justa pelo erro cometido. Significa assegurar os direitos de cada um. Mishpat, é dar às pessoas o que lhes é devido, seja punição, seja proteção ou cuidado.
Qualquer negligência em relação às necessidades de quem faz parte do quarteto (pobre, viúva, imigrante ou órfão) não é simplesmente falta de misericórdia ou caridade, mas violação da justiça, da mishpat. Deus ama e defende quem tem menos poder econômico e social, e devemos agir da mesma forma”, ou seja, Deus é justiça, e defende aqueles que sofrem com a injustiça.
A justiça é um dos sinais de que fomos justificados pela fé. Não somos justos por ajudarmos os pobres mas, um coração derramado em obras de misericórdia e justiça para com os vulneráveis, é o sinal inevitável de que fomos justificados, salvo pela graça! Keller ainda destaca que “fazemos justiça quando tratamos todos os seres humanos como criaturas de Deus. Fazer justiça inclui não apenas o conserto do que está errado, mas também generosidade e interesse social, especialmente em relação aos pobres e vulneráveis. Este tipo de vida reflete o caráter de Deus”. Seguir Jesus significa que caminharemos com os necessitados e temos responsabilidade diante dessa realidade.
Quando indagado sobre o que de fato muda as condições humanas, Samuel Moffett, missiólogo que serviu na China e Coréia do Norte descreveu: “Acredito que o que torna a missão cristã diferente das demais tentativas de melhorar as condições humanas […] é o nosso relacionamento vertical com Deus, e isso vem em primeiro lugar. O relacionamento horizontal com o próximo deve ocorrer “à imagem” do primeiro, sendo indispensável, mas ainda assim, continua em segundo lugar” . Não podemos pensar em servir as pessoas, sem antes enxergar suas realidades, necessidades e sofrimentos. Entretanto, como Igreja, é importante compreendermos que não conseguiremos resolver todos os problemas e suprir todas as necessidades ao nosso redor, Jesus um dia voltará e aí sim todo o sofrimento terá fim definitivo.
Diante disso, destacamos algumas necessidades mundias, tais como a fome, que destrói a dignidade humana, e atinge cerca de 821 milhões de pessoas no mundo, segundo a World Food Programme, a pobreza, onde cerca de 1,3 bilhões pessoas vivem em situação de miséria no mundo de acordo com a ONU, e falta de saneamento básico que atinge 2 bilhões de pessoas. Nesse cenário, não podemos nos esquecer das mulheres e crianças são as mais vulneráveis diante dessas realidades de sofrimento e dor, por isso, chamamos a sua atenção para a violência que elas sofrem, como o tráfico humano, feminicídio, exploração sexual, maus tratos, uso forçado de drogas, orfandade, analfabetismo e trabalho infantil. Em muitas nações, por exemplo, mulheres e crianças realmente não têm proteção e defesa, vivem em condições onde os direitos humanos não são suficientes e, tudo o que podem fazer, é aceitar e sofrerem caladas.
Servir com justiça e misericórdia testifica em quem cremos. Os relacionamentos e o auxílio, aos vulneráveis e em suas necessidades, são pontes de amor que nos conectam com essas pessoas, para que elas tenham a oportunidade de conhecerem a Cristo e receberem libertação do sofrimento e esperança! Por isso, te convidamos a agir diante dessa realidade, busque a Deus, olhe ao seu redor, não aceite a injustiça!